Pular para o conteúdo principal

Vivendo um dia de cada vez


Quando estamos focados no tempo (passado ou futuro), perdemos a preciosidade do agora. O tempo é uma ilusão, o que existe é o agora.

Na Roma Antiga, o poeta Horácio Flaco divulgava a máxima “Carpe diem quam minimum credula postero” – aproveite o dia de hoje e confie o mínimo no amanhã.

A esse respeito, o mestre Jesus falou: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã... Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas”. E esse reino está dentro de nós, não importa o lugar onde estivermos. Ele não é encontrado em templos, igrejas ou religião. Ele é encontrado quando estamos repletos de amor incondicional, aquele que Cristo nos ensinou, quando amamos sem nada esperar em troca.

Ao vibrarmos no amor e vermos amor em tudo e em todos, chegamos à perfeição do mestre Jesus. Onde existe o verdadeiro amor não existe ego.

E o que o amor incondicional tem a ver com o carpe diem? Tudo: viver no agora, amar o dia de hoje, esquecer o passado, livrar-se de mágoas e decepções, desapegar-se do ego, deixar o futuro no seu devido lugar.

Pensar demasiadamente no futuro é sofrer por antecedência, é sentir culpa e ansiedade. Do mesmo modo, apegar-se ao passado é viver frustrado e deprimido. A preocupação é pura perda de tempo e não serve para nada. Tédio, raiva, tristeza e medo não são estados nossos, são condições da mente humana que vêm e vão. Nada do que vem e vai é nosso. E nenhum sentimento negativo condiz com o amor.

Mesmo diante dos desafios é possível manter-se no agora. Para isso, pode-se recorrer a três atitudes: retirar-se da situação, mudar a situação ou aceitar a situação totalmente. Fugir do momento presente é uma forma de escapismo. A aceitação não é um estado passivo, ela simplesmente nos traz paz e uma nova consciência.

Soltar tudo o que o incomoda, não lutar contra nada. O que resistirmos vai persistir. Quando não resistimos à vida, entramos em estado de graça, de facilidade e de brilho. Ao soltarmos o que está emperrado, tudo flui. As coisas, as pessoas e as condições que precisávamos chegarão até nós sem luta ou esforço da nossa parte, e nós estaremos livres para apreciá-las enquanto elas durarem. Elas vão passar, ciclos vão começar e terminar, mas nossa não dependência nos dará segurança e nós não sofreremos mais com o medo da perda.

Tentar controlar a vida é inútil, pois nenhum homem tem poder sobre o dia de amanhã. Nós planejamos, mas nem sabemos se estaremos vivos até lá, pode ser que nem haja o próximo momento. Quando começamos a honrar o presente, a infelicidade e a luta se dissolvem e a vida começa a fluir com contentamento e facilidade.

Parando de se identificar com a mente

Estar identificado com a mente é estar preso no tempo, vivendo quase exclusivamente pela memória e antecipação. É necessário libertar-se das armadilhas da mente percebendo que nós não somos “o pensador”. Quando começamos a observar o pensador, um nível mais elevado de consciência se torna ativo e nós percebemos que existe um vasto campo de inteligência além do pensamento: o pensamento é apenas um pequeno aspecto da nossa inteligência. Também começamos a perceber que todas as coisas que realmente importam — beleza, amor, fertilidade, contentamento, paz interior — aparecem além da mente. Nós começamos a acordar e podemos chegar à iluminação (um estado de plenitude, de estar em unidade e, portanto, em paz).

Quando vivemos na fronteira entre o passado e o futuro, não valorizamos a maravilha que se chama PRESENTE. Vivamos, portanto, o agora.

Dicas preciosas
1. Seja positivo. Brinque mais com a vida, não a leve tão a sério.
2. Não reclame. Quando você reclama, se coloca no papel de vítima. Reclamar é não aceitar o que existe.
3. Aprecie o ser, e não o fazer.
4. Sempre que interagir com alguém, esteja totalmente presente.
5. Pare de dar explicações para tudo e não se preocupe com o que os outros pensam de você. O importante é estar em paz com a sua consciência.
6. Não desempenhe papéis em suas interações. Seja você mesmo. Se alguém tiver que gostar de você, vai gostar do seu verdadeiro ser, e não da imagem que você deixa transparecer para as pessoas. Seja autêntico. Lembre-se de que um dia toda máscara cai.
7. Não deseje a felicidade. Se desejá-la, não vai encontrá-la. Apenas seja feliz vivendo o aqui e o agora e sendo grato por tudo o que tem. A diferença entre felicidade e paz interior é que a felicidade depende das condições que são percebidas como positivas; e a paz interior não depende dessas condições. Ela está ali independentemente de qualquer situação.
8. Honre o passado, mas sem se perder nele. Planeje o futuro, mas sem sofrer antecipadamente em virtude de suas projeções. Relaxe. Deixe as coisas acontecerem no tempo certo. Seja grato por tudo.

Por Sol Antônia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Astrologia: Planetas na sétima casa do parceiro

Em astrologia, a sétima casa representa o nosso oposto, as características das pessoas que costumamos atrair para relacionamentos sérios e parcerias, a pessoa que tem muitas das qualidades que admiramos ou que faltam em nós. A sétima casa também nos mostra nossos inimigos declarados – que muitas vezes são pessoas em quem já confiamos ou com as quais já convivemos: ex-amigos, ex-amantes e ex-parceiros de negócios. Em geral, a pessoa que coloca o planeta na casa 7 da outra é que mais sente a força de atração ou interesse. Algumas vezes a colocação do planeta é indiferente para a pessoa da casa 7. Em termos de atração e romance, a casa 5 afeta mais as pessoas envolvidas. A casa 7 tem maior relação com os relacionamentos de compromisso, que já passaram pela casa 5, de romances. A colocação de um planeta na casa 7 de outra pessoa, em alguns casos, pode repelir a pessoa da casa, já que neste posicionamento o planeta faz oposição ao ascendente. Sol na casa 7 do parceiro...

A força de Plutão em astrologia

Adentrar nas terras de Plutão (Hades) não é para qualquer um. Regente de Escorpião, Plutão é o planeta da transformação, da morte, do renascimento, do poder pessoal. É uma energia fascinante de força que pode nos levar à luz ou às trevas dependendo do caminho que escolhemos seguir. As pessoas com forte influência de Plutão/Escorpião são intensas, não querem nada pela metade, ou é quente como vulcão ou... deixa pra lá, esquece. Nos relacionamentos, as pessoas plutonianas querem desvendar a alma, adentrar o outro, vasculhar-lhe os segredos, mergulhar fundo. Podem até se tornar obsessivas, como um detetive que só sossega ao desvendar um mistério. Plutão exige paixão. Não lhe dê apenas afagos ternos, dê-lhe verdade, inteireza, fusão, doe-se por inteiro, caso contrário ele perde o interesse. Pessoas rasas, que fogem de um olhar perscrutante, não chamam a atenção de Plutão. Ele gosta de mistério, de fogo, de queimar-se para poder renascer das cinzas, mais forte que antes, um ...

Astrologia: As casas de água – parte 1/3

1. Introdução Na astrologia, as casas de água (4, 8 e 12) são chamadas “trindade da alma” ou “trindade psíquica” e estão relacionadas ao carma pessoal. Sabemos que todo carma é uma sujeição que nos prende ao plano material e a um nível limitado de consciência psicológica. Entretanto, como as casas de água têm a ver com o passado, com respostas condicionadas que são agora instintivas e atuam por meio das emoções, elas se relacionam aos mais profundos anseios da alma, os quais, pela sua própria natureza, são parcialmente inconscientes. As pessoas com ênfase nas casas de água vivem consigo próprias e são extremamente difíceis de se conhecer (especialmente se o Sol, o símbolo do ego individual, está numa dessas casas). Muita de sua energia vital atua num nível subliminar; muitas de suas motivações são influenciadas por gradações irracionais, inexplicáveis e frequentemente desconcertantes. Por sua grande sensibilidade, são imprevisíveis, já que nunca se sabe o que vai ativar um...