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Ho’oponopono e a cura da alma


Perdoando e curando a nós mesmos, somos capazes de conviver melhor com o mundo a nosso redor.

A palavra ho’oponopono vem do havaiano e significa “corrigir um erro”, “tornar certo”.

O ho’oponopono é um dos mais efetivos métodos de autoperdão e autocura. Ele se baseia no amor expresso por nós mesmos por meio de palavras, que chegam ao subconsciente, local que abriga as memórias que impedem nossa vida de fluir naturalmente.

À medida que crescemos, vamos guardando memórias de dor, mágoas, traumas, decepções, frustrações, culpas e crenças limitantes. Esses sentimentos negativos vão se acumulando, a ponto de nos deixar amargos e críticos em relação aos outros e a nós mesmos. Terminamos por julgar negativamente os colegas, as situações e nossa própria vida e atitudes.

A prática do ho’oponopono nos liberta da necessidade constante de impor a nossa opinião, de tentar convencer alguém de que deve mudar, de querer modificar o comportamento dos outros. O ho’oponopono limpa e transmuta as memórias do passado que constantemente penetram nossa mente, permitindo-nos soltar essas recordações dolorosas, que com o tempo causam desequilíbrios e doenças. Como consequência nos tornamos mais amorosos, passamos a vibrar na frequência do amor incondicional e assumimos a responsabilidade pelas memórias que compartilhamos com outras pessoas.

A respeito do ho’oponopono, seu criador, o psicólogo Ihaleakala Hew Len, assim falou: "Eu limpo para estar na presença de Deus. Uma vez lá, a Divindade me dará tudo que é perfeito e correto para mim. Eu só sei isso. Esta é a meta da minha vida. Se eu tenho qualquer meta ou objetivo, é estar na presença de Deus".

Como praticar o ho’oponopono
Para praticar o ho’oponopono, não é preciso fazer rituais nem entrar em estado de relaxamento, basta pronunciar as frases-chave a qualquer momento do dia, mesmo quando estiver desenvolvendo outra atividade. O importante é prestar atenção aos sentimentos, pois a limpeza age sobre o sentimento que está incomodando. Na maioria das vezes, o incômodo decorre de um julgamento, já que quase sempre estamos julgando com base na comparação de memórias que fazem parte do ego.

Podemos curar as memórias fazendo a oração completa ou repetindo as quatro frases-chave do ho’oponopono: “Sinto muito, me perdoe, sou grato(a), eu te amo”. As frases podem ser antecedidas do nosso próprio nome (por exemplo, quando nos culpamos por erros cometidos) ou do nome de outra pessoa pela qual temos sentimento negativo: “Fulano(a), eu sinto muito, me perdoe, sou grato(a), eu te amo”. Pode ser difícil no início, mas, ao deixarmos o ego de lado, tudo fluirá facilmente, sobretudo quando nos conscientizamos de que ninguém tem obrigação de satisfazer todos os nossos desejos. As pessoas só nos dão aquilo que têm para dar. Não podemos criar expectativas em relação a nada nem a ninguém, devemos simplesmente aceitar o que vem e ser gratos por tudo.

Oração original
“Divino criador, pai, mãe, filho, se eu, minha família, meus parentes e antepassados ofendemos tua família, parentes e antepassados em pensamentos, palavras, fatos ou ações, desde o inicio de nossa criação até o presente, nós pedimos teu perdão. Deixe que isto se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura luz. E assim é. Para limpar meu subconsciente de toda a carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez durante o dia as palavras-chave do ho’oponopono: eu sinto muito, me perdoe, sou grato(a), eu te amo. Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes.”

Não é preciso dizer as frases 108 vezes
É isso mesmo. Não é preciso repetir as frases 108 vezes utilizando japamala, terço ou contas para mantras. O processo é simples; o uso de contas e japamala o torna lento e complicado. A hora que mais nos convém é o momento ideal para praticar (antes de dormir, na fila de um banco, num engarrafamento). A única exigência é encher o coração de amor durante o processo.

Praticando o ho’oponopono no dia a dia, nós nos sentimos mais leves, amorosos e nos acostumamos a cultivar pensamentos, palavras e sentimentos bons.

O que você está esperando para se libertar das memórias negativas e limpar o coração? 

Por Sol Antônia

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